Combate ao desperdício
Mesmo possuindo a maior reserva de água doce do planeta o Brasil passa pela ameaça da mais grave crise de racionamento de água, começando com o desabastecimento de São Paulo e seguindo em outros estados como Rio de Janeiro e Minas Gerais. Fatores como gestões equivocadas, falta de investimentos, consumo inadequado e desperdício são responsáveis pelos sérios problemas que se apresentam.
Para o diretor do Semae, Marcio Rubert, se medidas urgentes não forem tomadas dificilmente essas calamidades serão evitadas. “A situação é agravada pelo mau uso do recurso”, destaca. Conforme estudo do Banco Mundial cerca de 14 bilhões de dólares são perdidos anualmente em função de vazamentos nas redes de abastecimento de água, erros de medição nos hidrômetros e fraudes.
O problema atinge, principalmente, os países em desenvolvimento como o Brasil, cujo desperdício diário de 45 milhões de metros cúbicos seria suficiente para abastecer os lares de 200 milhões de pessoas. Manter as tubulações em bom estado e criar mecanismos para evitar ligações irregulares, ajudam a economizar e combater o desperdício. “O Semae está combatendo o problema através da troca de tubulações, detecção de vazamentos invisíveis e fiscalização das ligações clandestinas”, explicou Marcio.
Água
Recurso essencial para a sobrevivência e o bem-estar da humanidade, a água está se tornando um bem cada vez mais escasso. No planeta, cerca de 1,2 bilhão de pessoas não têm acesso à água tratada e 1,8 bilhão de habitantes não contam com serviço de saneamento básico. Num levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas, ONU, foi constatado que crianças com acesso à água tratada e coleta de esgoto faltam menos e passam mais tempo na sala de aula.