skip to Main Content
0800 510 2910 ouvidoria@semae.rs.gov.br
Por Conta Do Frio, Rompimentos De Rede Do Semae Cresceram Mais De 50%

Por conta do frio, rompimentos de rede do Semae cresceram mais de 50%

Na última segunda-feira (20), uma rede rompida causou um vazamento na captação de água bruta do Semae e foi necessário desligar o bombeamento de água, e interromper uma parte do trânsito na avenida Imperatriz Leopoldina, para que o conserto fosse realizado. Com isso, alguns bairros e os pontos mais altos da Zona Leste e Norte da cidade acabaram ficando sem água durante a tarde e a noite.

Nesta quarta-feira (22), foi a vez de a avenida John Kennedy, bem próximo à empresa Deca, no bairro São Borja, apresentar um vazamento na tubulação. Para o conserto, o trânsito teve que ser totalmente interrompido no local e as indústrias próximas tiveram falta de água por algumas horas.

Situações como estas se repetem todos os dias e as equipes do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) trabalham em regime de plantão, rotineiramente, para evitar mais transtornos e desabastecimentos. Porém, um fator tem intensificado o número de ocorrências desse tipo: o frio.

Basta olharmos o crescente registro de vazamentos e consertos feitos pelas equipes de manutenção nos últimos tempos (veja tabela completa abaixo). Em abril, as redes rompidas somavam 62; em maio – quando os dias já se tornaram mais frios –, o número saltou para 95; e até o dia 20 de junho, já são 79 contabilizadas. Apenas no dia 14 de junho – quando os termômetros marcaram mínima de 3C° na região –, por exemplo, foram 13 ocorrências.

Os dados mostram um aumento de mais de 53% nos vazamentos de tubulações, de abril para maio deste ano. Se compararmos o mês de maio deste ano com o de 2015, quando não chegou a fazer tanto frio, o acréscimo chega a 116%.

 

Frio intenso contribui para vazamentos

Conforme o engenheiro do Semae – com 39 anos de trabalho na autarquia –, Emílio Wild, as épocas de outono e inverno, historicamente, se caracterizam pelo aumento do número de vazamentos de redes, relacionando estes rompimentos com a diminuição da temperatura nestas estações. “Há relatos de aumento de vazamentos nesta época do ano em várias cidades da região Sul do país”, comenta Wild.

E para isso existe uma explicação, conforme o engenheiro. A diminuição da temperatura não ocorre somente no ar, mas também na água e nas camadas superficiais do solo, com isto a temperatura das tubulações também diminui. “Os materiais, em geral, dilatam com o aumento da temperatura e contraem com a diminuição da temperatura. Portanto, nos meses mais frios, as tubulações sofrem diminuições rápidas de temperatura e, consequentemente, contrações, que podem levar à ruptura das mesmas”, esclarece. “Principalmente tubulações mais antigas, que estão no final da vida útil”, acrescenta o engenheiro.

O contrário também pode acontecer no verão, quando temos meses de calor intenso.

 

Número de redes rompidas em 2016:

JANEIRO – 67

FEVEREIRO – 68

MARÇO – 66

ABRIL – 62

MAIO – 95

JUNHO (até o dia 20) – 79

 

Número de redes rompidas em 2015:

JANEIRO – 91

FEVEREIRO – 54

MARÇO – 83

ABRIL – 66

MAIO – 44

JUNHO – 48

Back To Top

Send this to a friend