Semae retira quase 10 toneladas de lixo das casas de bombas em 3 dias
Com as fortes chuvas registradas na região nos últimos dias, as Casas de Bombas do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) vêm enfrentando um problema recorrente: o lixo que vem parar nas estruturas.
No total, em três dias de chuva (17 a 19/10), foram quase 10 toneladas de resíduos retiradas das cinco casas de bombas que o Semae possui na cidade. Somente na última segunda-feira (17), quando as precipitações estiveram mais intensas, oito toneladas de lixo foram recolhidas de apenas duas casas de bombas: da Campina e João Corrêa. E os resíduos encontrados são dos mais diversos: de animais mortos a objetos de plásticos e brinquedos, até pneus, colchões e até móveis.
“A água da chuva vem trazendo todo o material que é descartado nas ruas e nas margens dos córregos para dentro do arroio. E esse lixo chega até as grades de contenção das bombas”, explica o gerente do setor de Macrodrenagem do Semae e supervisor das Casas de Bombas, Leandro de Souza Fernandes. “O lixo acaba trancando a passagem da água e pode prejudicar o funcionamento das bombas. Por isso, ele é o nosso maior problema”, salienta.
Para prevenir que isso aconteça, as equipes do Semae trabalham retirando lixo periodicamente das Casas de Bombas, durante o ano todo. Porém, a maior quantidade de resíduos chega mesmo quando chove forte, por isso, a conscientização de todos é a melhor forma de amenizar problemas com alagamentos e enchentes.
“O pessoal faz do arroio o seu lugar de descarte. Precisamos de maior colaboração das pessoas no sentido de não jogar lixo no chão, em bueiros ou em qualquer lugar que possa obstruir a passagem da água da chuva”, sublinha Leandro.
O que são as Casas de Bombas?
São estruturas mantidas pelo Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), que formam o Sistema de Proteção Contra as Cheias da cidade, através do bombeamento e drenagem das águas da chuva.
O Semae é responsável por cinco Casas de Bombas: (1) Rodoviária, (2) Ginásio, (3) João Corrêa, (4) Campina, e (5) Arroio Cerquinha. São 19 operadores trabalhando nas Casas, 24 horas, em regime de escala.
No total, as Casas possuem 21 bombas. Cada bomba possui duas comportas.
Para que servem as comportas?
Para conter a cheia do rio dentro dos bairros. É um sistema que evita o retorno das águas para as redes e, consequentemente, o transbordamento de canais, bocas de lobo e poços de visita, espalhados pelas vias e passeios públicos da cidade.
“Em caso do nível do rio subir, as comportas impedem que a água entre para dentro dos bairros. Especialmente quando o nível do rio está elevado, é necessário um sistema de bombeamento. Precisamos assim, acionar as bombas para que seja feita a drenagem nos bairros e colocar a água para dentro do rio”, explica o gerente do setor de Macrodrenagem e responsável pelas Casas de Bombas do Semae, Leandro de Souza Fernandes.
Áreas de atuação:
Casa de Bombas (1) e (2) Rodoviária e Ginásio – são responsáveis pela drenagem no Centro da cidade.
Casa de Bombas (3) João Corrêa – pelos bairros Vicentina, São Miguel, Charrua, Paim, Vila Maria e arredores.
Casa de Bombas (4) Campina – bairros Campina, Antônio Leite, Loteamento Santo Antônio, uma parte da Scharlau e adjacências.
Casa de Bombas (5) Arroio Cerquinha – Vilas Fênix, Berger, Brasília, Elza, Parque Mauá, Santa Marta e região.