O sistema de captação do Semae foi modernizado. Hoje há um sistema de canal e poço para as motobombas garantindo maior segurança na continuidade do abastecimento. Isso significa que mesmo com níveis do rio bem baixos é possível captar água. A entrada desse poço possui comporta com gradeamento para assegurar que não passem materiais e comprometa o funcionamento das motobombas. São utilizadas quatro motobombas Higras anfíbias que podem trabalhar tanto dentro quanto fora da água. Neste poço as motobombas trabalham submersas e bombeiam água para a Estação de Tratamento de Água Imperatriz Leopoldina.
A Captação antiga continua funcionando e bombeia água para a Estação de Tratamento de Água São José. A motobomba Higra utilizada trabalha fora da água e fica na casa de bombas, tendo uma tubulação de sucção do rio até a motobomba.
Cada motobomba conta com uma proteção na extremidade em que succiona a água, um crivo, uma espécie de peneira gigante que impede pequenos objetos sobrenadantes de entrarem na motobomba, o que poderia estragá-la.
O Semae tem hoje a capacidade de captar em torno de 1.200 l/s, podendo ampliar a captação para 1.500 l/s.
A adução é a operação de conduzir a água de um ponto a outro por tubulações, podendo ser por gravidade ou bombeada. Desta forma, a adutora é uma canalização destinada a conduzir água bruta e/ou água tratada entre as unidades de um sistema de abastecimento.
ETAPAS DO TRATAMENTO DE ÁGUA
Coagulação: É a primeira etapa. Aqui a água recebe o sulfato de alumínio férrico líquido que forma dois cátion (partícula de carga positiva) que são absorvidos pelos coloides negativos (ânions) presentes na água bruta e formam um gel insolúvel. Conforme a necessidade pode haver adição de carvão ativado umectado para retirar gosto e odor da água.
Floculação: Etapa em que o gel insolúvel formado anteriormente vai se aglutinando e carregando junto as impurezas da água como bactérias, protozoários e plânctons. Assim formam-se partículas maiores, os flocos.
Decantação: Nesta etapa os flocos já possuem tamanho e peso suficientes para precipitarem no tempo de detenção dentro do tanque, sendo depositados no fundo. A água que decanta por vertedouros na parte superior dos tanques recebe hidróxido de sódio líquido a 32% para correção do pH.
Filtração: Etapa em que são separadas as partículas e os micro-organismos que não foram retidos nos processos anteriores, por exemplo, flocos menores.
Cloração: Adição de cloro para eliminar os micro-organismos que resistiram às etapas anteriores. Visa dar segurança na remoção completa de bactérias, garantindo a potabilidade.
Fluoretação: Aplicação de composto que contém flúor. Essa etapa não faz parte do tratamento, mas é exigida pela legislação para reduzir a incidência de cáries dentárias, principalmente em crianças e adolescentes.
Reservatório morro do espelho
RESERVAÇÃO
A água produzida nas Estações de Tratamento de Água segue para reservatórios (nas próprias estações ou em unidades do município) por gravidade ou bombeamento, localizados em áreas estratégicas de São Leopoldo. A função da reservação é operar como reguladora da distribuição da água, sendo que em momentos de muito consumo o nível dos reservatórios vai baixando, bem como em momentos de pouco consumo o nível é recuperado. Atualmente o Semae tem 35 reservatórios de água tratada, totalizando uma capacidade máxima de reservação de mais de 24.500m³ de água.
DISTRIBUIÇÃO
Os reservatórios distribuem por gravidade a água por tubulações até as unidades consumidoras (economias), formando uma rede de distribuição pelas ruas da cidade. Algumas regiões recebem água por bombeamento (booster).
CONTROLE DE QUALIDADE
O Semae possui uma Central de Controle de Processos Operacionais – CCPO, que controla todo o sistema de reservação e distribuição de água através da telemetria. E através do Laboratório Móvel realiza coletas nos PCQs – Pontos de Controle de Qualidade da água para o monitoramento da qualidade desta, além de atender ordens de serviço de medida de pressão e de análise de água.
Além disso, o Semae conta com um complexo de laboratórios que garante o controle de qualidade da água do processo de tratamento, da água tratada e distribuída, atendendo e superando as exigências legais:
Laboratório de rotina
Realiza análises como turbidez, cor, cloro residual livre e total, flúor, pH e alcalinidade monitorando durante 24 horas todas as etapas do tratamento.
Laboratório Central
Realiza análises físico-químicas diariamente das etapas do tratamento, além de análises mensais de diversas substâncias químicas da água bruta, tratada e da rede de distribuição. É responsável pelo controle de qualidade dos 46 PCQs espalhados pela cidade (Pontos de Controle de Qualidade). Também realiza análise dos produtos químicos (insumos) utilizados no tratamento da água conforme normas ABNT específicas e prepara reagentes para as duas estações de tratamento. Além disso, também realiza monitoramento da qualidade da água nos Postos de Saúde e Hospital Centenário.
Laboratório de Microbiologia
Realiza análises microbiológicas diárias e semanais de todas as etapas do tratamento dos pontos de coleta (PCQs). Faz contagem de bactérias heterotróficas e também realiza monitoramento da qualidade da água dos reservatórios de distribuição do Semae, nos Postos de Saúde e Hospital Centenário.
Laboratório de Hidrobiologia
Estuda os mais diversos organismos do ambiente aquático, como algas. Também realiza monitoramento dos reservatórios de distribuição do Semae. As análises biológicas são descritas como boas ferramentas para determinar a qualidade da água.