Quantidade expressiva de resíduos são recolhidos nas Casas de Bombas após a chuva
Com a chuva deste último sábado (21), uma quantidade substancial de resíduos foi recolhida nas Casas de Bombas administradas pelo Semae. Com todas as bombas funcionando integralmente para maior vazão no sistema de macrodrenagem, o volume de resíduos orgânicos, sedimentos e materiais de diversas naturezas nas grades de contenção, surpreendeu os operadores de bombas, que estão trabalhando no recolhimento desde ontem no final da tarde.
A situação não foi exclusividade de um arroio ou canal específico. O lixo foi acumulado nas Casas de Bombas da João Corrêa, Cerquinha, Campina, Rodoviária e Ginásio Municipal. Parte do rejeito concentrado tem relação com a estiagem, que, em consequência do tempo seco, reúne galhos quebrados e mesmo grama nas redes de drenagem. Não obstante, a quantidade de resíduos, como plásticos, embalagens, móveis e pneus, descartados de forma inadequada pela população, contribuem de forma significativa para os eventuais alagamentos ou mesmo demora no escoamento da água em grandes volumes de chuva em um curto espaço de tempo.
De acordo com o gerente de Manutenção de Esgotos e Macrodrenagem, Josnei Barcelos, grande parte do resíduo acumulado tem origem domiciliar. “Algumas pessoas têm como hábito descartar o lixo na beira dos arroios e valos. Quando vem a cheia, a água leva para a rede. Tem bastante vegetação também. Trabalhamos com um efetivo completo nas cinco Casas de Bombas e removemos, somente na João Corrêa, 20 m³ de resíduos, o equivalente a duas caçambas cheias”, comenta. De acordo com o gerente, ao menos 50 m³ de resíduos foram recolhidos em todas as unidades.
O servidor Edelar Prado, que atua como operador de bombas, destacou o trabalho realizado pelas equipes. “O pessoal (operadores) é muito comprometido, parceiro. Estamos trabalhando desde ontem e aqui, na João Corrêa, é onde tem mais lixo. Estamos realizando uma atividade manual, com auxílio de garfos para recolher tudo o que está acumulado nas grades. O cidadão que descarta o lixo na beira dos arroios, talvez não faça ideia do trabalho que realizamos”, destaca.
Texto: Chico Júnior Mtb 19102 / Fotos: Digue Cardoso Arfoc-RS 297 | Ascom Semae