Semae economiza R$ 2,3 milhões com repavimentação em um ano
Iniciado em outubro de 2017, o programa de eficiência hidroenergética Semae Sustentável já apresenta resultados mensuráveis e satisfatórios. O projeto – criado para combater perdas e economizar energia elétrica – tem alcançado benefícios com a redução dos custos operacionais, soluções para problemas de baixa pressão e desabastecimento e diminuição nas intervenções feitas nas ruas para realização de conserto das redes de distribuição.
Os dados da primeira etapa do programa foram apresentados em coletiva de imprensa, na quarta-feira (31), no gabinete do prefeito Ary Vanazzi, pelo diretor-geral do Semae, Anderson Etter, e pelo diretor de Manutenção Hidráulica e Eletroindustrial, Everson Gardel.
As ações iniciais, segundo eles, envolveram a implementação de oito Distritos de Medição e Controle (DMCs) e de oito Válvulas Reguladoras de Pressão (VRPs). Com isso, o município foi subdividido – gerando um impacto menor durante as manutenções realizadas pela autarquia. “Quando realizamos um conserto de rede, por exemplo, um número menor de pessoas precisa ficar sem água porque a área de abrangência de um determinado distrito é menor”, explica Gardel.
As VRPs, por sua vez, garantem regularidade ao abastecimento e economia ao Semae. Elas controlam e normalizam os níveis de pressão nas tubulações, fazendo com que a água chegue às partes mais altas da cidade e também se mantenha em grau adequado nas zonas mais baixas, evitando que os canos arrebentem. “O controle de pressão protege nossas redes. Assim, temos menos rompimentos e precisamos fazer menos manutenções. Sem ter que abrir valas nas ruas para fazer os consertos, reduzimos pela metade as nossas despesas com repavimentação. Em 2016, por exemplo, o Semae gastou perto de R$ 4,5 milhões com esse tipo de serviço. Só nesse primeiro ano do programa, deixamos de gastar R$ 2,3 milhões”, afirma o diretor-geral, Anderson Etter.
Segunda etapa já começou
O segundo ciclo do Semae Sustentável começou em agosto, na região do Campestre Orpheu – com reflexos diretos nas zonas leste e sudeste da cidade. Os trabalhos são realizados por equipes da autarquia – o que também gera economia. O Bairro Santo André e a Vila Born devem ser contemplados em breve. A Vila Nova receberá uma nova adutora, enquanto que a Feitoria contará com um novo conjunto de bombeamento. Um sistema de turbogeração de energia, com tecnologia da empresa leopoldense Higra, também está sendo implantado pela autarquia. Com custo de R$ 208 mil, será pago com recursos próprios. “É importante salientar que a economia alcançada nos permite fazer investimentos que nos garantirão ainda mais economia nos nossos processos. É o que chamamos de ciclo virtuoso”, destaca o diretor-geral
Todas essas ações se voltam para a garantia do abastecimento à população e à preservação do Rio do Sinos, de onde o Semae tem retirado menos água. “Antes, registrávamos uma perda de 790 litros de água por ligação ao dia. Hoje estamos próximos de 450. Uma redução de 43% em um curto período”, comemora Etter ao informar que pelo menos mais dez VRPs serão instaladas nos próximos doze meses e outros 15 Distritos de Medição e Controle também serão implementados.
Os resultados do primeiro ciclo do programa
- 43% de redução nas perdas de água:
de 790 litros/ligação/dia para 450 litros/ligação/dia
- 11% de redução no volume de água aduzido do Rio dos Sinos:
de 2.447.749m³ (média mensal) para 2.175.620m³ (média mensal)
- 39% de redução no cosumo de energia elétrica na ETA 001-São José:
de 13.767kW/h (horário de ponta) para 8.476 kW/h (horário de ponta)
- 50% de redução nas despesas com repavimentação:
de R$ 4,5 milhões (2016) para R$ 2,2 milhões
- 90% de redução no número de Ordens de Serviço nas áreas setorizadas:
Duque Velha, Booster Unisinos, Baixo Cristo Rei e Padre Reus