Diretor-geral entrega denúncia sobres ETEs ao Ministério Público
Dando sequência a ação do dia 15 de fevereiro, onde o diretor-geral do Serviço de Água e Esgoto (Semae) Nestor Schwertner, juntamente do prefeito Ary Vanazzi, funcionários, vereadores, secretários e imprensa denunciaram a situação precária das estruturas das Estações de Tratamento de Esgoto Feitoria e Vicentina, nesta terça-feira Nestor Schwertner, acompanhado do procurador-geral da autarquia, Bruno Freitas de Almeida, protocolou junto ao Ministério Público (MP) a denúncia.
Ainda nesta semana, o promotor de justiça do MP deve visitar as instalações. “Não seremos responsabilizados pelo prejuízo estrutural e financeiro dos últimos quatro anos. Queremos identificar a responsabilidade civil e criminal pelas omissões que causaram a inoperância da ETE Feitoria e pela falta de manuntenção da ETE Vicentina”, explica o diretor-geral do Semae, Nestor Schwertner.
Relembre
Além da dívida que já chega aos 37 milhões de reais, a omissão da direção passada deixou as estruturas do Semae sucateadas, como ocorre com as Estações de Tratamento de Esgoto da Feitoria e Vicentina.
A ETE Feitoria foi uma obra realizada mediante auditoria do Ministério Público e Tribunal de Contas, inaugurada em fevereiro de 2010, com capacidade de 80 litros por segundo, que possibilitaria 48% de esgoto tratado, equivalendo o atendimento de cerca de 40 mil pessoas. Investimento de 10 milhões, com parceria do governo federal, a ETE Feitoria está sem funcionamento desde julho de 2013. “Nós que estamos chegando agora não podemos ser responsabilizados por esta desgraça que fizeram na cidade. A partir do diagnóstico mais preciso, teremos condições de oficializar denúncia e retomar o tratamento de esgoto da cidade. Temos disposição e vontade para mudar esta situação de abandono do governo anterior”, disse o prefeito Ary Vanazzi.
A ETE Vicentina realiza tratamento anaeróbico da matéria orgânica, por intermédio do Tanque Reator Anaeróbico de Leito Fluidizado (Ralf), com eficiência de remoção de cerca de 80% da carga orgânica. Este tanque Ralf desmoronou em fevereiro de 2016, e por descaso, permaneceu sem a manutenção para recuperá-lo. “É nossa obrigação mostrar como encontramos o Semae. A situação de precariedade deixada pela gestão passada prejudicou muito o tratamento de esgoto da cidade. Esta é a pior imagem que a população leopoldense pode assistir”, disse o diretor-geral do Semae, Nestor Schwertner.