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Presença Do Coronavírus Em Amostra De Esgoto Cresce 2000%

Presença do coronavírus em amostra de esgoto cresce 2000%

O resultado mais recente do estudo de monitoramento da carga viral do novo coronavírus no esgoto de São Leopoldo apontou um crescimento de 2000% na carga viral no material coletado na ETE Vicentina. A quantidade de cópias genômicas por litro coletadas subiu de 73.190 (Cg/l), coletada em 11 de janeiro, para 1.535.990 (Cg/l), na amostra coletada no dia 1º de fevereiro.

O estudo é resultado do monitoramento ambiental do novo coronavírus em águas residuárias e de superfície do Rio Grande do Sul, através da pesquisa de vigilância ambiental, coordenado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), em parceria com o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) e outras intuições, como a Universidade Feevale e Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O objetivo da pesquisa é investigar a disseminação do SARS-CoV-2 no sistema de esgoto em áreas de interesse da Vigilância em Saúde. “Os dados são pouco animadores, pois estes números, combinado com o aumento de óbitos, demonstram que as pessoas não estão testando mesmo com sintomas, por isso vamos reunir emergencialmente, nesta quinta-feira, 18, o nosso comitê municipal para anunciar algumas medidas”, afirmou o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi.

O Semae colabora com o levantamento para mapear a circulação do coronavírus no esgoto da região metropolitana e, mais especificamente, em São Leopoldo. “A pesquisa permite mensurar uma maior ou menor circulação do vírus na população que contribui para aquele esgoto. Se o vírus está presente no esgoto, consequentemente também pode estar presente nas águas do rio, arroios, açudes e afluentes, portanto quanto mais esgoto tratado, menos doenças são transmitidas à população”, destacou o vice-prefeito e diretor-geral do Semae, Ary Moura. A ETE Vicentina atende cerca de 54 mil habitantes dos bairros Santos Dumont, Rio dos Sinos, São Miguel, Centro e Vicentina.

O engenheiro químico do Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) da Secretaria Estadual de Saúde, André Jarenkow, destaca a importância do trabalho. “Este estudo visa disponibilizar aos órgãos de saúde informações sobre a circulação viral nas diferentes áreas do território avaliado, aumentando a compreensão da dinâmica viral na epidemia e auxiliando na tomada de decisão das medidas de distanciamento”, e complementa, que “a carga viral diz respeito à quantidade de vírus que é encontrado em uma quantidade de esgoto; pode ser comparado de maneira simples à concentração, onde, quanto maior a carga viral na amostra, maior o número de cópias genômicas de SARS-CoV-2 o que, provavelmente, representa maior o número de pessoas excretando o vírus no esgoto”, afirmou Jarenkow.

“O importante deste dado apresentado no estudo é que demonstra que existe enorme crescimento da presença do vírus ativo pela analise da excreção humana. O que indica que o vírus está circulando mais na cidade, sobretudo na região compreendida pela ETE Vicentina”, destacou o secretário municipal de Saúde, Marcel Frison.

O monitoramento está presente em São Leopoldo, Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Alvorada, Novo Hamburgo, Capão da Canoa e Torres, com participação das Secretarias Municipais de Saúde destes municípios. Em questão de empresas de saneamento, além do Semae, Cevs e também tem parceria com o DMAE e a Corsan. Os laboratórios que realizam a análise localizam-se na UFRGS e na Feevale. A Fepam também é grande parceira no projeto, sendo responsável pela escolha de vários pontos em arroios do Rio dos Sinos.

[Fotos: Digue Cardoso/Semae | Texto: Jornalista Valentin Thomaz Mtb 19.048 | Scom/PMSL]

 

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